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Trabalho de Conclusão de Curso - Parte 2
Por Vander Juliano Escudero (Professor), em 2016/06/30393 leram | 0 comentários | 51 gostam
ACEITAÇÃO DE MERCADO PARA A COMERCIALIZAÇÃO DE CARNE E OVOS PROVENIENTES DE FRANGO CAIPIRA
ETEC PROFª NAIR LUCCAS RIBEIRO DE TEODORO SAMPAIO
Curso Técnico em Agronegócio
ACEITAÇÃO DE MERCADO PARA A COMERCIALIZAÇÃO DE CARNE E OVOS PROVENIENTES DE FRANGO CAIPIRA


1 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
O aumento do consumo per capta da carne de frango, principalmente na qualidade do produto e dos preços acessíveis, demonstra que houve uma mudança de hábitos, pois antes as carnes bovinas eram mais consumidas. As pequenas propriedades podem se capacitar para produzi-la com eficiência. Porém, para que essas pequenas propriedades passem a criar, abater e comercializar esses produtos há vários obstáculos para a legalização e manutenção da qualidade de produção, para que então haja o escoamento no mercado consumidor (BARBOSA et al., 2007).
Há vários fatores que influem na qualidade dos produtos das galinhas caipiras. Dentre eles, podemos destacar a nutrição, a sanidade, o clima, a genética, o manejo, a forma de abate, o acondicionamento e a embalagem utilizada para a comercialização (MAPA).
Segundo De Mattos et al., os mercados agropecuários desempenham papel importante na economia de uma nação, sobretudo em países que apresentam vantagens na agricultura e na pecuária, como o Brasil. Nesses mercados, informações relativas a preço e qualidade exigida pelo consumidor devem ser sempre buscadas, de forma a orientar as decisões diversas, por exemplo, de como e o que produzir (2010).
O valor econômico e social da atual indústria avícola brasileira é expressivo, especialmente levando-se em conta que ela movimenta uma série de atividades que se relacionam, como atividades na comercialização, beneficiamento e prestação de serviços dc seus produtos. A avicultura é um setor bem dinâmico e de importância econômico-social dentro do contexto da agropecuária nacional, gerando cerca de um milhão de empregos diretos através de granjas, abatedouros e indústrias, sem considerar os criados pelas empresas de atividades relacionadas a esse setor (DE CASTRO et al., 1991)


2 CRIAÇÃO
A criação de aves caipiras é uma atividade simples. Com a introdução de novas técnicas de manejo já disponíveis e viáveis ao pequeno produtor rural, é uma atividade que garante sobrevivência e renda ao produtor, através da comercialização de carne e ovos. No contexto atual, em que há um foco na produção de alimentos saudáveis e naturais, a criação de aves caipiras aparece como uma atividade rentável, devido ao valor dos alimentos produzidos sem agredir o meio ambiente, sem causar sofrimento às aves e sem utilização de produtos químicos em sua criação (OLIVEIRA, 2005).
O sucesso reprodutivo de galinhas caipiras está diretamente relacionado com os estados nutricional e sanitário do plantel. Há outros fatores, como idade, porte, adaptação ao ambiente e relação macho/fêmea também. As aves reprodutoras devem ser capazes de realizar bem as funções de produções de ovos, cobertura e fertilização. Devem ser saudáveis e receberem uma boa alimentação. O reprodutor bem alimentado será capaz de cobrir com naturalidade um grupo de doze matrizes sem que isso venha causar qualquer desgaste físico. Para que consiga realizar tal missão, deve haver cuidados para que ele não se torne obeso e mantenha sua disposição física (BARBOSA et al., 2007).
Um erro comum entre os produtores é a ausência de cuidados com os ovos, quando não controlam o dia de postura, não se faz a assepsia necessária e nem se acondiciona em local apropriado até que se decida seu destino para comercialização (CAVALCANTE et al., 2013).
O peso do ovo e a porcentagem de gema aumentam com a idade da ave, equanto a casca e a clara diminuem. O tempo de armazenagem é de 30 dias e com isso o peso do ovo influencia as proporções dos seus componentes, da mesma forma que a temperatura ambiente diminui esse peso (SANTOS et al., 2009).
É possível aos produtores desenvolverem uma criação de galinhas a baixo custo e bastante rentável se eles atenderem às exigências de manejo, sanidade, profilaxia, alimentação, instalações e higiene adequados para uma criação viável. Ao contrário do que o produtor pensa, essas exigências não são complicadas nem muito onerosas, e podem viabilizar uma exploração mais rentável (ALBUQUERQUE, 1998).


2.1 ALIMENTAÇÃO
Segundo o autor Gilberto Malavazzi entende-se que alimentação é um fator de grande importância na exploração econômica das aves e que alimentar bem não significa tão somente fornecer alimentos em quantidade e durante todo o tempo. É necessário que a ração seja equilibrada, contendo proporções convenientes de todos os elementos nutritivos exigidos pelas aves. Basta a deficiência de apenas um nutriente indispensável para que os efeitos da ração sobre o desenvolvimento da ave se mostrem desfavoráveis. Podemos concluir, portanto, que em matéria de alimentação de aves não basta quantidade, a qualidade do alimento é igualmente de importância decisiva (1999).
As aves caipiras se diferenciam das de produção industrial (de granja) principalmente pelo pastejo e a alimentação recebida. Por isso é de grande importância para os produtores que buscam uma criação natural e até mesmo orgânica uma atenção especial a este quesito. A alimentação adequada é um dos primeiros passos para se conseguir uma ave orgânica. A ração pode ser comprada ou desenvolvida na propriedade. As rações compradas já são balanceadas e desenvolvidas conforme a necessidade nutricional da ave e da sua aptidão (corte ou postura). Para a alimentação feita na propriedade, o produtor deverá estar atento para as fontes que possam conter todas as necessidades da ave (CAVALCANTE, 2013).
Segundo Newton Auto de Souza, os principais ingredientes usados na formulação das rações são: o milho moído, o sorgo, o farelo de soja e o farelo de trigo. Vários produtos alternativos, no entanto, poderão substituir parcialmente os ingredientes tradicionais das rações balanceadas com vantagens econômicas. É o caso do milheto, da batata doce, da farinha de mandioca, da farinha de leucena, do feno da parte aérea da mandioca, etc. O autor ainda acrescenta que a alimentação das aves deve ser complementada com pastagem natural ou artificial, ou ração verde moída, fornecida nas primeiras horas do dia em quantidade correspondente a 20% do consumo de ração, considerando a matéria seca. O alimento verde é o responsável pela cor e o sabor característico dos produtos tipo caipira (2009).

2.2 INSTALAÇÕES
É fundamental que antes da construção, adaptação, ambientação e antes de equipar seu galpão o produtor tenha exatamente definida a finalidade do mesmo. Entretanto, alguns pontos são gerais para todos os tipos de abrigo para as aves tais como: proteção contra chuva, excessos de temperatura (abaixo ou elevado), ventos, radiação solar, estresse, poluição do ar, parasitas, roedores e aves (MALAVAZI, 1999).
O aviário é uma peça fundamental em todo sistema de criação. Para aves poedeiras, a lotação sugerida é de 4 a 5 aves/m²; no caso de aves de corte, esta relação pode ser aumentada para 5 a 6 aves/m² (SOUZA, 2009).
Cada aviário deve ser conjugado com uma área livre para pastejo e recreação, que precisa ter dimensões suficientes para oferecer de 1 a 2m² para cada ave. A construção fica a critério do produtor. Pode ser de tela, de varas trançadas em pé ou com arame trançado. É importante que haja sombreamento para as aves ficarem ao abrigo do sol e para se colocar as rações alternativas. Esse sombreamento pode ser com árvores frutíferas, por exemplo (SOUZA, 2010).
É importante que as instalações atendam |às exigências técnicas de manejo e higiene para que não ocorram problemas de doenças nas aves causando prejuízos ao produtor (ALBUQUERQUE, 1998).






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