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Sabias que…Historia com Letras
Por Mariana Ferreira (Aluna, 10ºF), em 2021/10/20558 leram | 0 comentários | 295 gostam
Em meados do século XV, Portugal possuía um conjunto de condições favoráveis à expansão marítima.
Potenciada por uma localização geográfica privilegiada, uma rede hidrográfica de boa navegabilidade e uma rede de portos, a atividade marítima tornou-se o centro da economia nacional, permitindo a crescente articulação entre o pequeno comércio de cabotagem e o comércio internacional, impulsionando outras atividades como a pesca, a salga, a extração de sal e a construção naval.
Esposende não ficou indiferente a essa expansão. A atividade piscatória, a construção naval e o comércio marítimo impulsionam Esposende desde meados do século XV, atraindo novos residentes e, por consequência, gerando um crescimento urbanístico.
Em 19 de agosto de 1572, D. Sebastião, protetor dos Mestres Construtores de Ribeira e Calafates, eleva Esposende à categoria de vila, por ser um lugar de construção e reparação naval notável, onde se construiu o maior número de caravelas até 40 toneladas do país.
Os estaleiros navais de Esposende e de Fão tiveram um papel importante na construção naval, num período intensamente ativo, de mais de sete séculos de existência, tendo representado um importante recurso económico para o concelho de Esposende.
A ligação de Esposende ao Atlântico e às viagens marítimas é também testemunhada pela criação da sua Confraria dos Mareantes, em 1595, sita na Capela dos Mareantes, na Igreja da Santa Casa da Misericórdia.
Em Esposende podem ser visitados vários museus e centros interpretativos, destinados à divulgação e preservação do património do concelho, nomeadamente da história e cultura marítima. Destaca-se o Centro Marítimo de Esposende, instalado no edifício recuperado da Estação Salva Vidas, que preservou um edifício que marca a história do concelho, mas também pelo facto de albergar um espólio marítimo riquíssimo que documenta essa mesma história.
 A exposição apresenta várias temáticas ligadas à atividade marítima como a marinha mercante, a pesca, a venda de peixe, a construção naval assim como a exibição de obras de artistas esposendenses.
Desde agosto deste ano, está também em exibição no forte de São João Batista a exposição sobre os 500 anos da viagem de circum-navegação, com o título “Patrimónios Emersos e Submersos – Do Local ao Global”.
Além de informações sobre este período de expansão, estão expostas imagens de um achado arqueológico de um navio quinhentista naufragado, composto por um conjunto importante de madeiras, artefactos metálicos diversos, e pelouros em pedra que deram à costa e foram encontrados por acaso na praia de Belinho.


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