Poema da liberdade | |
Por Érica Venda (Aluna, 11ºF), em 2021/06/15 | 273 leram | 0 comentários | 73 gostam |
Lá do alto, sentia a brisa, O cheiro das flores e a alegria das crianças. Por baixo, o campo era do tamanho da minha liberdade! Vislumbrava um colorido de pétalas E, ao fundo, terra escura e húmida. Ah, que bom viver sem preocupações! | |
Fortes gargalhadas ecoavam pela aldeia. Os gaiatos, com as fisgas nas mãos, lançavam-me pedras. Caí no chão frio e duro, E fui carregado para uma prisão. Oh, roubaram-me a liberdade em instantes! Na gaiola, espaço frio, apertado e sem vida A solidão era a minha fiel companheira. Nos primeiros dias de cativeiro Raros raios de luz penetravam o meu ser. As saudades do aconchego do meu ninho. Oh, imensas saudades! Enquanto desvanecia a minha esperança, À minha vida, regressava na mão de uma criança. A liberdade é a minha maior ânsia. Todos os dias, a meu lado como um amigo Que não exige resposta, falou comigo. Oh, sabe bem não estar sozinho! Num dia quente de verão, A menina deixou a porta da minha cela entreaberta E eu, sem qualquer hesitação, Abri as asas e voei em direção à terra deserta. Como soube bem voltar a voar. Ah, recuperei a minha liberdade! Voei, voei, o mais alto possível. Queria voltar a sentir a brisa e ver os campos floridos. Queria voltar para o meu ninho inesquecível. Vi a mágoa da menina pelos tempos vividos. Mas a minha liberdade é mais importante do que outra vida. Era minha, esta liberdade tão querida! | |
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