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Jornal da Escola Secundária Henrique Medina
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Palestra "Gravidez na Adolescência"
Por Ana Maria Pinto (Professora), em 2019/12/07451 leram | 0 comentários | 129 gostam
No dia 3 de dezembro os alunos da turma 1.º ano ASSI (Cursos Profissionais de Técnico Auxiliar de Saúde e de Gestão e Programação Sistemas Informáticos) participaram numa palestra intitulada “Gravidez na Adolescência”.
Esta atividade, que decorreu na Escola Secundária Henrique Medina, surgiu no âmbito das disciplinas de Saúde e de Tecnologias da Informação e Comunicação, inserida na planificação da temática Educação Sexual. Contámos, como palestrantes, com a presença da Dr.ª Ana Catarina Carvoeiro e da Dr.ª Mariana Santos, ambas médicas no Hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo. Assim, durante cerca de duas horas, os alunos tiveram a oportunidade de adquirir diversos conhecimentos, esclarecendo as suas dúvidas no domínio da Educação Sexual. As duas palestrantes, sempre com o cuidado de utilizar uma linguagem muito acessível para esta faixa etária, interagiram de forma dinâmica com o público, cativando a sua atenção.
No início da palestra foram referidos alguns dados estatísticos sobre número de grávidas adolescentes em Portugal, destacando-se o facto da maternidade adolescente estar a diminuir, acompanhando o declínio que se observa desde a 3.ª década do século XX, dos índices de fecundidade e natalidade na população em geral.
Segundo os dados da PORDATA (base de dados sobre Portugal contemporâneo com estatísticas oficiais e certificadas), a taxa de fecundidade em 2018, no grupo etário 15-19 anos, foi de 7,5‰ e, de acordo com o INE (Instituto Nacional de Estatística), em 2018, nasceram de mães adolescentes, cujas idades variaram entre os 13 e os 19 anos, 2028 bebés.
Apesar dos valores referidos anteriormente serem animadores, com um visível decréscimo ao longo dos anos, a gravidez na adolescência, segundo a Dr.ª Ana Catarina Carvoeiro, ainda constitui um problema com grandes impactos sociais, pois continuam a verificar-se consequências nefastas a vários níveis, psicológico, biológico, social, educativo e económico, principalmente, associadas à rapariga grávida ou mãe, mas também ao pai da criança, à família de origem de ambos, ao bebé, e, até, à comunidade em que estão inseridos. Estas repercussões, segundo a palestrante, são na verdade mais significativas se considerarmos que os/as jovens são provenientes, geralmente, de meios de pobreza, onde coexistem vulnerabilidades acrescidas aos níveis referidos.
Assim, neste contexto, as duas médicas apresentaram e explicaram diferentes métodos contracetivos, ajustados à faixa etária dos alunos participantes na palestra, que, se usados corretamente, diminuirão os riscos associados à vivência da sexualidade, nomeadamente as gravidezes não desejadas e as infeções sexualmente transmissíveis. A este propósito, a Dr.ª Mariana Santos salientou a importância de os jovens estarem na posse de informações corretas, provenientes de fontes fidedignas, recorrendo, sempre que possível, ao aconselhamento de profissionais de saúde habilitados para o efeito.
No final da palestra foi dinamizado um jogo interativo com os alunos que permitiu desfazer e explicar alguns mitos existentes no que respeita à sexualidade.
No momento de se efetuar um balanço da atividade, alunos e professores envolvidos foram unânimes na avaliação da palestra, considerando que a comunicação realizada foi muito clara, com uma abordagem bastante aprofundada e credível de assuntos que poderão ser muito pertinentes na prevenção de comportamentos de risco.

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