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Nem tudo o que reluz é ouro
Por David Ribeiro (Aluno, 10ºD), em 2016/02/04650 leram | 1 comentários | 116 gostam
Comparo-me um pouco a Gil Vicente. Isto é, passamos meses a estudar um autor e uma das suas obras, porque não referi-lo neste texto de opinião?
Gil Vicente era um inconformado, irreverente, crónico, satírico; dono de uma personalidade forte, “suis generis” e crítico, não perdia uma!
Mas porquê relacionar-me com apenas um dos melhores dramaturgos e escritores de toda a história lusitana? Afinal de contas, aposto que mais de metade da população portuguesa só ouviu falar deste nome graças ao futebol…
Mas além disso, porquê expressar-me desta forma? É simples. Sinto-me sobejamente revoltado com Portugal. Somos um povo inculto, fácil e previsível, que se fascina com reality shows e outras inutilidades do género. Embora haja uma massa crescente de gente culta, a quantidade de pessoas desinteressadas acerca do mundo e do que a vida realmente significa, é soberba!
Somos uma sociedade materialista e superficial. O português desde sempre foi muito ligado a aparências. Critica-se na antiguidade do casamento por contrato, no entanto, os dogmas e clichés obsoletos ainda se mantêm. Enfim, julgo a sociedade de hoje ainda muito ligada a oportunismos e amores falsos, preocupando-se muito com a aparência física e esquecendo a componente mental e interior. Alem disto, penso ainda que, hoje em dia, somos facilmente influenciados, nomeadamente nas escolhas e decisões que tomamos. Por vezes, o ser humano deixa que o seu “eu” insurreto se afirme e se aproxime de pessoas e amigos que, apesar de parecerem humildes e honestos, apenas demonstram falta de caráter e de amabilidade.
Para concluir, o ponto nevrálgico que pretendia atingir era que o Homem de hoje é fraco, como sempre foi, sensível e influenciável, no entanto deve superar isso e ser um pouco mais platónico, por um lado, e pragmático, por outro, porque a vida não se resume a bens supérfluos e, como diz o ditado, “Nem tudo o que reluz é ouro”.


Comentários
Por Celeste Silva (Familiar de aluno), em 2016/02/24
Maravilhoso, tal e qual a nossa sociedade, ainda temos jovens preocupados com o que gira à nossa volta, parabéns.

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