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Cães guias
Por Noemi Moraes (Aluna, 7 ano), em 2016/10/05506 leram | 0 comentários | 157 gostam
Venha saber um pouco sobre o trabalho de um cão guia
Caminhar sem bater a cabeça nos orelhões, andar sem tropeçar nos buracos das calçadas e pegar um ônibus sem precisar dar o braço a alguém. Para quem não pode ver os caminhos da cidade – e os obstáculos que eles guardam -, ter um cão-guia é como ganhar novos olhos, braços e pés para enfrentar a metrópole. Apesar da transformação que o animal causa na vida da pessoa com deficiência, conseguir um ainda é muito difícil no Brasil.

Na tentativa de aliviar o atual cenário – o País tem 5,4 milhões de pessoas com perda visual severa e cerca de 70 cães-guia -, políticas públicas começam a surgir no setor. O governo federal e o Inmetro estão finalizando a regulamentação dos centros de treinamento e da prática de treinadores autônomos de cães. A previsão é que o decreto seja consolidado neste semestre. “É a partir desse instrumento que vamos organizar tudo”, diz Hélcio Rizzi, coordenador-geral de projetos da Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Em paralelo, a Universidade de São Paulo e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência estão definindo o projeto arquitetônico do prédio que abrigará a escola de instrução de animais e treinadores. Por ano, serão formados 25 instrutores e treinados 30 cães.

Estima-se que existam 12 mil pessoas nas filas de organizações não governamentais e centros de treinamento à espera por um cão. A International Guide Dog Federation, na Inglaterra, recomenda que eles sejam treinados e doados por instituições e escolas. Mas é possível comprá-los fora do País. Também há treinadores autônomos que cobram para instruir os animais.

“Vender um cão é errado, porque normalmente quem necessita de um é quem precisa se virar, trabalhar, e não tem dinheiro para comprá-lo”, afirma o treinador Fabiano Pereira, da Escola de Cães-Guia Helen Keller, de Camboriú (SC).

Por causa dos custos elevados – o treinamento e o acompanhamento do animal custam, em média, R$ 25 mil (mais informações nesta página) -, os centros vivem de doações e realizam parcerias com empresas, em busca de patrocínio, e escolas estrangeiras. Em razão desses convênios, quem traz um cão dos EUA, por exemplo, se comunica em inglês com o animal no início.


Instituto IRIS

Mesmo com as parcerias, as dificuldades financeiras dessas instituições são grandes. “A situação é precária porque sem recursos é difícil continuar o trabalho”, afirma Moisés Vieira Júnior, instrutor do Instituto Iris.[ ]

[/ ]Encontro. Para se tornar dono de um cão-guia, os interessados devem se inscrever na seleção realizada pelos centros. Não há um número oficial de escolas no Brasil, mas calcula-se que, além dos treinadores autônomos, existam cerca de dez – entre as quais estão o Instituto Iris (SP), Helen Keller, Integra (DF) e Cão-Guia Brasil (RJ).

É recomendável que o candidato seja maior de idade, pois será responsável pela vida do cão, com cuidados que vão da escovação do pelo à vacinação. Após a inscrição, o interessado passa por uma avaliação que considera atividades cotidianas, como trabalhar e usar o transporte público, já que o cão deve ser destinado a pessoas com vida ativa.

Ao receber o cão-guia, a vida da pessoa com deficiência visual ganha níveis de independência e segurança antes nunca experimentados. “Não conseguia sair sozinha da minha casa e ir até o ponto de ônibus”, lembra a estatística Katia Marques, de 27 anos, que é guiada por Sam, um labrador amarelo


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