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Pesquisa

Secagem Ecológica para Café
Por Osvaldo Daniel (Aluno, 2016/Administração), em 2016/04/13233 leram | 0 comentários | 29 gostam
A principal vantagem da secagem em terreiros reside numa aparente economia energética, uma vez que utiliza da energia solar para a evaporação da água do produto.
Em um mercado cada vez mais competitivo e exigente em qualidade, a cafeicultura brasileira vem sofrendo grandes prejuízos, principalmente, por causa do custo de produção elevado e da baixa qualidade de grande parte da nossa produção.
Considerando uma exportação de 20 milhões de sacas e que a diferença de preço, devido à qualidade está ao redor de U$50,00 por saca, o Brasil perde, aproximadamente, um bilhão de dólares por ano na comercialização.
Como o café é um dos poucos produtos cujo valor cresce significativamente com a melhoria da qualidade, foi muito justo o investimento em um trabalho de pesquisa tecnológica, que solucionasse um dos maiores obstáculos na obtenção da boa qualidade do café para o mercado externo, ou seja, no processo de secagem .
Como a grande maioria do café produzido no Brasil passa pelo processo de secagem em terreiros convencionais, em condições meteorológicas inadequadas, o produto fica potencialmente suscetível à deterioração, em virtude do ataque de microorganismos, independentemente da categoria do terreiro.

A principal vantagem da secagem em terreiros reside numa aparente economia energética, uma vez que utiliza da energia solar para a evaporação da água do produto.

Na utilização do terreiro, os cafeicultores desconsideram a energia e a mão-de-obra necessários ao revolvimento periódico do produto, o baixo rendimento de secagem e os custos para a construção do terreiro. Por outro lado, os secadores existentes no mercado brasileiro, fruto de adaptações e disponíveis em escala comercial, podem apresentar baixa eficiência de secagem , pelo fato de não terem sido projetados especificamente para o café.

Além disso, o investimento inicial, os custos de manutenção e de energia inerentes aos secadores comerciais, fazem com que esses equipamentos sejam viáveis, somente para os cafeicultores com capacidade de investimentos ou com produção compatível com o tamanho dos secadores comercializados.

O terreiro híbrido "Solar e Biomassa", o mais novo estudo sobre secagem de café desenvolvido na UFV, mostra que os custos adicionais para produção de cafés de boa qualidade é significativamente inferior à diferença de preço causado pela redução na qualidade. O novo terreiro, ou terreiro secador, nada mais é que um terreiro convencional, preferencialmente concretado, onde se adaptou um sistema de ventilação com ar aquecido por uma fornalha, para a secagem do café na ausência de radiação solar direta ou em período chuvoso. Cada módulo do terreiro híbrido deve ser constituído por uma área com as dimensões de 10,0 por 15,0 m, e que eqüivalem a aproximadamente 600 m2 de um terreiro convencional.

Na direção do comprimento, o terreiro secador é dotado de uma tubulação principal (central ou lateral), para fornecimento de ar quente a pontos específicos do terreiro.

Ao duto principal é acoplada uma fornalha, com um ventilador centrífugo que possibilite uma vazão de 1,5 m3/s de ar. Na ausência de radiação solar direta, incidência de chuvas e durante o período noturno, o produto é enleirado sobre os dutos de distribuição de ar para secagem com ar aquecido. Em ambos os casos, deve-se providenciar cobertura para proteção dos grãos durante períodos chuvosos. Assim, a secagem poderá ser realizada durante as 24 horas do dia, ou seja, por meio da utilização da energia solar em dias ensolarados e por meio da queima de biomassa (lenha ou carvão vegetal) ou gás, durante a ausência da radiação solar direta e durante a noite.


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