Com um investimento aproximado de R$ 150 mil, a indústria calçadista de Jaú pode, além de evitar que seus resíduos de couro sejam despejados indiscriminadamente em lixões e aterros, causando prejuízos ao meio ambiente, obter ganhos econômicos com produtos provenientes da reciclagem desses resíduos. Todas as sobras de couro das indústrias calçadista e curtumeira podem passar por um processo de reciclagem e de reaproveitamento para diversos fins, na construção civil, para a fabricação de solados, de cosméticos, para a fabricação de plástico biodegradável, asfalto e fertilizantes, entre inúmeros outros produtos.
Os produtos resultantes da reciclagem também podem ser reutilizados novamente no beneficiamento do couro, gerando economia no processo produtivo. Além disso, de acordo com a pesquisadora, o processo de reciclagem permite a separação do cromo, material tóxico utilizado no processamento do couro pelos curtumes que pode trazer uma série de danos à saúde do homem. "O cromo é um material altamente tóxico, que pode afetar os rins e trazer sérios problemas respiratórios", diz. O processo de reciclagem já está sendo desenvolvido por uma empresa em Franca, com capacidade para processar 20 toneladas de resíduos por dia. Em Jaú, estima-se que o lixo das fábricas chegue a 40 toneladas por dia, no total, incluindo não apenas as sobras de couro, mas também latas e restos de cola, adesivos, solventes, graxa, aparas de celulose e grampos usados na fabricação dos sapatos, entre outros produtos. |
0 comentários | 
58 gostam