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Pesquisa

Tudo que devemos sobre Aedes Aegypti.
Por Caio Augusto da Silva (Aluno, 7ºAno Medicina), em 2016/03/23159 leram | 0 comentários | 52 gostam
Conceitos básicos, tratamentos e prevenção relacionados a doenças causadas pelo mosquito transmissor da Dengue, Zika Vírus e febre Chikungunya.
Dengue
Doença viral transmitida pelo Aedes aegypti. No Brasil, foi identificada pela primeira vez em 1986. Estima-se 50 milhões de infectados anualmente no mundo.
A principal forma de transmissão é pela picada dos Aedes aegypti. Há registros de transmissão vertical (gestante-bebê) e por transfusão de sangue. Existem quatro tipos diferentes de vírus da dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
Quais são os sintomas?
A infecção por dengue pode ser assintomática, leve ou causar doença grave, levando à morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, entre outros sintomas.

Zika vírus
Transmitido pelo Aedes aegypti e identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. O vírus Zika recebeu a mesma denominação do local de origem de sua identificação em 1947, após detecção em macacos sentinelas para monitoramento da febre amarela, na floresta Zika, em Uganda.
Sintomas:
Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito, como identificado no mês de novembro de 2015, pela primeira vez na história.

Chikungunya
A Febre Chikungunya é uma doença transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014. Chikungunya significa "aqueles que se dobram" em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953.
Sintomas:
Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Não é possível ter chikungunya mais de uma vez. Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida. Os sintomas iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito. Durante o período em que o vírus está presente no organismo infectado.
Ao apresentar os sintomas e sinais descritos acima, referentes às três doenças, é importante procurar um serviço de saúde.
PREVENÇÂO
Não existem vacinas contra as doenças, portanto, a única forma de prevenção é acabar com o mosquito Aedes aegypti, mantendo o domicílio sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros. Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser adotadas principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo.
Indivíduos que viajam para cidades com transmissão de dengue, chikungunya e zika devem evitar a picada de mosquitos, especialmente durante o dia. Recomenda-se o uso de roupas compridas e claras e o uso de repelentes nas áreas expostas, segundo orientação do fabricante.
Recomendações do Ministério da Saúde aos viajantes
A dengue, chikungunya, zika e febre amarela são doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e, independente do destino ou motivo da viagem, é importante que o viajante adote medidas para reforçar a proteção contra o mosquito. Confira as recomendações do Ministério da Saúde para os viajantes se protegerem contra a picada dos insetos:
. Ao chegar ao seu local de hospedagem (hotel, pousada, albergue e outros), verifique cuidadosamente se há algum criadouro do mosquito e elimine-o. O risco de infecção por dengue, febre amarela, chikungunya e vírus zika podem ser reduzidos se forem evitadas as picadas;
. Hospede-se em locais que disponham de telas de proteção nas portas e janelas, especialmente se estiver longe das capitais, ou leve o mosquiteiro/cortinado como alternativa;
. Em passeios ecoturísticos, utilize roupas que protejam o corpo contra picadas de insetos e carrapatos, como camisas de mangas compridas, calças, meias e sapatos fechados;
. Aplique repelente nas áreas expostas da pele, seguindo a orientação do fabricante.
No caso das gestantes, o Ministério da Saúde recomenda que elas façam um pré-natal qualificado e todos os exames previstos nesta fase, além de relatarem aos profissionais de saúde qualquer alteração que perceberem durante a gestação. É importante reforçar que, em qualquer situação, as gestantes precisam consultar seu médico antes de viajar e é necessário um cuidado especial em viagens. As gestantes e mulheres em idade fértil com possibilidade de engravidar devem proteger-se das picadas de insetos, adotando as seguintes medidas:
. Evite ambientes com presença de mosquitos, sem as medidas de proteção recomendadas;
. Sempre que possível utilize roupas que protejam a maior parte possível da superfície da pele;
. Os repelentes à base de DEET, icaridin, ou picaridin e IR 3535 ou EBAAP são considerados seguros para uso durante a gestação;
. Antes de fechar a casa para viajar, verifique cuidadosamente se há algum criadouro do mosquito e elimine-o.
Pessoas infectadas com os vírus zika, chikungunya ou dengue são o reservatório de infecção para outras pessoas, tanto em casa como na comunidade. Portanto, a pessoa doente deve seguir as medidas de proteção, evitando a propagação da doença.


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