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Animal é quem suja, ou quem recicla?
Por Sidney Junior (Aluno, 6A), em 2015/11/03225 leram | 0 comentários | 80 gostam
B.M.-6A-2015
Enquanto nós "seres humanos" estamos destruindo o meio ambiente, os "animais" tentam fazer tudo aquilo ao seu alcance para minimizar os efeitos, como? Reciclando!
A maioria dos animais vive num delicado equilíbrio ecológico com o ambiente natural onde habitam. É simplesmente a fórmula mais eficiente de assegurar a sobrevivência: usar apenas o que é necessário e desperdiçar o mínimo possível.

Mas alguns animais levam a política dos quatro R’s a um nível mais avançado. É uma coisa boa – afinal, alguém precisa ajudar a limpar a confusão que nós, humanos criamos.

Aves

As aves devem provavelmente ser quem mais recicla na natureza. Muitas espécies urbanas adaptam-se à vida em ambientes humanos, construindo os seus ninhos com o que está disponível – o que muitas vezes inclui cordões, jornais, clips de papel e plásticos.

Os passarinhos da Nova Guiné e da Austrália constroem elaboradas e vistosas estruturas com o objectivo de atrair os parceiros, colecionam muitas vezes lixo colorido – como tampas de garrafas e plásticos – para ser usado na decoração.

Aves como os pombos e as gaivotas também usufruem de todos os resíduos alimentares desperdiçados pelas pessoas, engolindo tudo o que podem.

Caranguejos-eremitas

Para se protegerem, os caranguejos-eremitas ocupam conchas abandonadas por outros animais marinhos, geralmente caracóis do mar. Mas muitos usam outros objetos que encontram pelo caminho, como garrafas de vidro, latas e cartuchos de espingarda. Quem tem caranguejos como animal de estimação também tem como opção fornecer-lhes conchas artificiais, que podem ser feitas a partir de materiais reciclados.

À medida que o caranguejo cresce, ele tem muitas vezes de procurar novos abrigos que lhe proporcionem um melhor ajuste. Estes crustáceos estão, portanto, constantemente a reciclar habitações que poderiam ir para o lixo.

Aranhas

Todas as teias de aranha são notáveis ​​obras de arquitetura, mas poucas combinam o design amigo do ambiente usado por algumas aranhas de teias arredondadas. A espécie cyclosa ginnaga, por exemplo, decora as suas teias com qualquer desperdício que encontre, como folhas ou ramos de plantas. O objectivo final é sinistro – atrair a presa – mas a vertente ecológica é digna de nota.

Muitas aranhas reconstroem seus ninhos diariamente, por isso estão sempre ocupadas a reciclar. Isso ajuda-as a manter tanto as suas teias, como o meio envolvente, limpos.

Escaravelhos

É um trabalho sujo, mas alguém tem de o fazer. Os excrementos são um recurso demasiado valioso para que possa ser desperdiçado e possivelmente nenhum animal o entende melhor que o escaravelho. Este insecto vive de recolher e reaproveitar excrementos – não só constrói a sua casa nas fezes, como também as come e coloca nelas os seus ovos.

Muitos escaravelhos são designados como “roladores”, uma vez que a sua estratégia de recolha de desperdícios passa por rebolar os excrementos em bolas, de modo a poderem ser facilmente transportados.

O valor para o ambiente dos escaravelhos não deve ser subestimado. A capacidade de reciclagem incrível deste animal já foi até proposta como uma forma de ajudar a reduzir o aquecimento global.

Polvos

Os polvos são provavelmente os invertebrados mais inteligentes do planeta e nada mostra tão bem a sua astúcia quanto o uso que dão a objetos desperdiçados. Várias espécies, como o polvo veado, têm sido vistas a construir abrigos a partir de detritos descartados. Estas casas improvisadas são feitas usando qualquer material que tenham à mão, desde cascas de coco rachado, a conchas abandonadas, passando por frascos de vidro e outros recipientes deitados no mar. Eles mostram como os resíduos de uma criatura como podem ser o tesouro de outra.

Corais

Estima-se que 75% de todos os recifes de coral do mundo estejam ameaçados, mas ainda há razões para ter esperança. Embora sensíveis a variações no seu ambiente, estes animais são extremamente adaptáveis, na medida em que estão dispostos a unir-se a praticamente qualquer superfície dura que encontrem. Isso incluiu barcos naufragados, submarinos e até plataformas de petróleo. Readaptando destroços no fundo do mar, elas fornecem também habitat para inúmeras outras espécies que dependem dos recifes de coral para sobreviverem.


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