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Pesquisa

É descoberta a larva capaz de ingerir plástico
Por Bruna Franco Fioroto (Aluna, 2015/6A), em 2015/10/29179 leram | 0 comentários | 82 gostam
Barão de Mauá 2015 - 6A
A larva denominada Tenebrio molitor, mais conhecida como "bicho-de-farinha" é capaz de transformar 50% do plástico que ingere em CO2.
Todos sabemos que centenas de toneladas de plástico e outros materiais são descartados o ano todo em qualquer parte do mundo, colocando em riscos inúmeros ecossistemas de nosso planeta. Nos Estados Unidos, por exemplo, apenas 10% do plástico que se utiliza anualmente é reciclado.

Atualmente uma equipe de cientistas da Universidade de Stanford, na Califórnia, acaba de apresentar um estudo que sugere uma solução, em um futuro próximo, para o grande problema da contaminação por plástico, um material que pode levar centenas de anos para se decompor.
A resposta está em uma pequena larva de besouro conhecida como bicho-da-farinha (Tenebrio molitor). Os pesquisadores descobriram que ela consegue se alimentar de isopor, ou poliestireno expandido, ou seja, um plástico não biodegradável.

Esses insetos transformam metade do isopor que consomem em dióxido de carbono e a outra metade em excremento como fragmentos decompostos.
Além disso, comprovaram que o consumo de plástico não afeta a saúde das larvas. O segredo destas larvas está nas bactérias que elas têm em seus sistemas digestivos, com capacidade de decompor o plástico.

Segundo os autores do estudo - em que colaboraram especialistas chineses e cujos resultados foram publicados na revista "Environmental Science and Technology" - esta é a primeira vez em que se obtém provas detalhadas da degradação bacteriana de plástico no intestino de um animal.
"É um enfoque muito inovador para enfrentar ao enorme problema que representa a contaminação do plástico", explica Anja Malawi Brandon, doutoranda da Universidade de Stanford que participou da pesquisa.

Segundo Brandon, o grupo agora pesquisa outros tipos de plástico que podem ser decompostos pelas larvas.
"As bactérias em seus estômagos tornam possível essa degradação e poderiam ser capazes de degradar outros plásticos. Estamos estudando uma maneira de extrair essas bactérias e utilizá-las diretamente para tratar o plástico."
Brandon diz que os pesquisadores estão convencidos de que, na natureza, há outros insetos com uma habilidade similar à do bicho-da-farinha.
"Esperamos que este enfoque se converta em um futuro próximo em parte do sistema de manejo de resíduos plásticos."


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