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| António Capelo fala sobre teatro na Escola de Aver | |||||
| Por Carlos Gomes de Sá (Professor), em 2016/03/11 | 378 leram |  0 comentários |  107 gostam | ||||
| O ator António Capelo esteve ontem, dia 10 de março, no auditório da Escola Básica de Aver-o-Mar, à conversa com a alunos do 9º ano e do Clube de Teatro, proferindo uma intervenção com o mote “A Arte: a concretização de um sonho”. | |||||
 Numa iniciativa promovida pela assistente social Andreia Teixeira, responsável pelo grupo de teatro da escola, que está a preparar uma encenação de O Conde de Monte Cristo, isto depois de, no ano passado, ter sido levada à cena O Fantasma da Ópera, o ator e diretor da ACE- Escola de Artes, para além de ter apresentado, aos quase 90 alunos que lotaram o auditório, o seu projeto que desenvolve na zona do Bolhão, no Porto, traçou o seu percurso de vida em termos de teatro e televisão, mostrando-se muito próximo dos alunos. António Capelo, numa linguagem muito apelativa e cativante, referiu que se está no teatro como se está na vida, defendendo a necessidade de os atores terem uma postura e uma opinião, interventiva. O teatro terá sido para ele, e será para muitos, referiu, uma escola de vida, onde existem causa e coisas, daí a necessidade de o ator andar sempre à frente, subir para um palco e comunicar, uma necessidade básica. Assumindo que o teatro é a sua casa, pois é aí que volta sempre depois de outras viagens e experiências, este professor -ator relatou inúmeras passagens da sua já longa carreira, destacando figuras do teatro, com predileção para obras clássicas, mais fortes e exigentes, com personagens mais densas, bem como papeis em telenovelas e séries, porventura onde o seu rosto é mais conhecido. Passou aos alunos a mensagem de que o trabalho de ator é desgastante, mas gratificando, exigindo muitas horas de dedicação e trabalho, rematando que mais de 80% do trabalho é suor. A percentagem de talento, melhor, apetência, rondará os 20%, pelo que é preciso, tal como noutras áreas, muito trabalho, mas é esse trabalho, referiu, que lhe permite ser tudo: médico, advogado, presidente de Câmara, construtor, agricultor… Destacando a importância da escola e dos professores, enquanto modelos, António Capelo desafiou alunos e professores a aprenderem uns com os outros, dado que os caminhos do teatro são, referiu, como os caminhos da vida e de deus, ínvios, não são diretos e exigem muito trabalho e apoio. Respondendo aos alunos, que se mostraram interessados em conhecer o seu percurso, as portas que se podem abrir a um ator e como fazer formação nessa área, António Capelo respondeu a todos as questões, mesmo as mais pessoais, revelando ter recusado convites para gravar no Brasil, com a Globo, ou mesmo em Hollywood, tendo sido o momento, no final, aproveitando para a recolha várias fotografias por parte do Clube de Comunicação do Agrupamento, podendo esta iniciativa ser vista na página de internet. O ator foi agraciado com uma lembrança alusiva aos 30 anos da criação da Escola de Aver-o-Mar e uma tela, pintada pela artista Conceição Rego, docente da escola, tendo sido, no encerramento da sessão, efusivamente aplaudido, em pé, pelos alunos e professores presentes, tal a força e clareza da mensagem que transmitiu. | |||||
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