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Jornal do Agrupamento de Escolas de Sabrosa
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Visita de Estudo a Garganta e a Panóias
Por Ilda Figueira (Professora), em 2015/02/05486 leram | 0 comentários | 92 gostam
No dia 23 de janeiro, os alunos dos sétimos anos, acompanhados pelas DT de turma e professoras de Hist., realizaram uma visita de estudo ao Polo Arq. de Garganta e ao Santuário de Panóias com o objetivo de conhecerem monumentos históricos da região.
Partimos da escola por volta das 13:30, a viagem durou pouco tempo, pois a Garganta fica a poucos quilómetros de Sabrosa.
A aldeia de Garganta, situa-se no concelho de Sabrosa, distrito de Vila Real e é uma das povoações mais antigas de Portugal, pois já existia no período do Neolítico, tal como Vilar de Celas que se situa relativamente perto.
O primeiro lugar que visitámos foi o Polo Arqueológico de Garganta, um espaço que em outros tempos foi a escola primária. Fomos guiados pela Drª. Manuela que nos mostrou e explicou tudo sobre o Polo Arqueológico. No final, ela deu-nos uma ficha para fazer-mos e nós fomos procurando dados nas paredes, onde estavam escritos textos que nos transmitiam toda a informação necessária para completar-mos a ficha.
Para termos uma ideia mais realista em relação às Antas, fomos também até Vilar de Celas onde pudemos conhecer uma . A Anta era bastante grande. Trata-se de um monumento Megalítico (monumento feito com grandes pedras), do período do Neolítico e que servia para sepultar os mortos. A Drª Manuela explicou-nos coisas de que já tínhamos falado nas aulas de História, mas outras não, como por exemplo, o facto de as despedidas ao morto serem fora da Anta e feitas as despedidas, o morto entrava com os sacerdotes para dentro da Anta. E assim que a primeira parte da visita de estudo estava cumprida, seguimos para a segunda parte, o Santuário de Panóias.
O Santuário de Panóias, também designado por Fragas de Panóias, localiza-se em Vale de Nogueiras, no concelho de Vila Real. A sua construção remonta a finais do século II, início do século III d. C. Quando chegamos a esse santuário fomos assistir a um documentário que relatava um pouco do para quê e do porquê da construção daquele Santuário.
O santuário é um recinto onde se encontram três grandes fragas onde foram abertas várias cavidades de vários tamanhos e nas quais foram também construídas escadas de acesso.
 Na rocha situada na entrada do recinto foram gravadas várias inscrições - três em latim e uma em grego, descrevendo o ritual celebrado, os deuses a quem era dedicado e quem dedicava , sendo que, uma delas, foi destruída no século passado. Entretanto foi reconstituída a partir de leituras e registos anteriores. A inscrição desaparecida, em latim, estava 6/7 metros a Este da segunda inscrição, do lado direito do caminho por onde se entrava para a área sagrada. O texto estaria orientado para a rocha situada na entrada do recinto e diz o seguinte: DIIS (loci) HVIVS HOSTIAE QVAE CA / DVNT HIC INMOLATVR / EXTRA INTRA QVADRATA / CONTRA CREMANTVR / SANGVIS LACICVLIS IVXTA / SVPERE FVNDITVR (“Aos Deuses e Deusas deste recinto sagrado. As vítimas sacrificam-se, matam-se neste lugar. As vísceras queimam-se nas cavidades quadradas em frente. O sangue verte-se aqui ao lado para as pequenas cavidades.”).
Para a rocha da entrada, sobe-se por uns degraus, sendo que antes de subir, à esquerda, fica a segunda inscrição: DIIS CVM AEDE / ET LACV M. QVI / VOTO MISCETVR. ( "Aos deuses, com o aedes e o tanque, a passagem subterrânea, que se junta por voto.").
Restam os vestígios de um dos pequenos templos existentes no recinto. Subindo as escadas e passando para o outro lado da rocha, encontra-se a terceira inscrição: DIIS DEABVSQVE AE / TERNVM LACVM OMNI / BVSQVE NVMINIBVS / ET LAPITEARVM CVM HOC TEMPLO SACRAVIT / G(neus) C(aius) CALP(urnius) RVFINVS V(ir) C(larissimus) / IN QVO HOSTIAE VOTO CREMANTVR: ("A todos os deuses e deusas, a todas as divindades, nomeadamente às dos Lapiteas, dedicou este tanque eterno, com este templo, Gaius c. Calpurnius Rufinus, varão esclarecido, no qual se queimam vítimas por voto." / “Aos Deuses e Deusas e também a todas as divindades dos Lapitaes, Gaius C. Calpurnius Rufinus, membro da ordem senatorial, consagrou com este recinto sagrado para sempre uma cavidade, na qual se queimam as vítimas segundo o rito.” )

Aluna: Bárbara Correia Freire
Nº: 3/ 7ºano/ Turma C


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