As histórias infantis, segundo a opinião de diferentes autores, contribuem para aumentar o interesse pelo ensino/ aprendizagem da matemática. O recurso a esses enunciados possibilita a abordagem de conceitos matemáticos fundamentais, criando ambientes lúdicos propiciadores à aquisição de conhecimentos e ao envolvimento dos alunos em tarefas matemáticas. Ouvir e contar histórias são predisposições naturais de que goza o ser humano, dado que os seus enunciados fornecem contextos de produção/ mobilização de conceitos; resolução de problemas, pródigos à criação de imagens mentais, metáforas e estruturas narrativas de forma a aprofundar os conceitos matemáticos. A literatura empresta, portanto, um mundo “concreto” que ajuda a sentir a matemática como algo real e do quotidiano.
A literatura Infantil, tão presente no quotidiano do JI, foi encarada pelo departamento como um meio inesgotável na criação de contextos de abordagem e exploração de conceitos matemáticos transversais à educação pré-escolar e ao 1º ano do 1º CEB, com recurso, quanto possível, a materiais manipuláveis.
Foi com base nestes argumentos que a formação “ Matemática na literatura Infantil” se desenvolveu durante o presente ano letivo, envolvendo os docentes da educação pré-escolar e do 1º CBE, dinamizada pela Dr.ª Carla Macedo, culminando com a exposição dos materiais produzidos pelos formandos, sobre as histórias: O Tomás no reino da Matemática; o Patinho Feio, O capuchinho Vermelho e o Rato do Campo e o Rato da Cidade, patenteada na BE da Escola Miguel Torga, entre o dia 5 e 9 de maio.
Da formação sublinha-se o trabalho interdepartamental num ambiente descontraído, sem se descurar a exigência do propósito que nos reuniu; a interpretação dos documentos de referência dos dois níveis de educação e ensino e os produtos materiais de caráter lúdico produzidos , promotores do envolvimento dos alunos em tarefas matemáticas.
Maria João Monteiro |
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