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Jogo "Baleia Azul"
Por Cristina Oliveira (Professora), em 2017/05/04367 leram | 0 comentários | 148 gostam
Autoridades usam redes sociais para explicar o que é e que medidas tomar quanto a este jogo.
Numa apresentação com um minuto e meio de duração, publicada na página de Facebook da PSP, as autoridades chamam à atenção para o possível caráter mortal deste desafio que pode levar os participantes ao suicídio.
   "A adesão faz-se inicialmente através de conversações nas redes sociais, onde o jogo é apresentado e proposto por amigos. Posteriormente, o administrador valida a 'aceitação' da vítima convidada e integra-a numa aplicação de conversação como o WhatsApp, através da qual passam a interagir", escreve a PSP. Depois disto, o "curador" finge interessar-se pela vitima, envolvendo-a "numa mentira fisicamente autodestrutiva e psicologicamente desestruturante". Se a vítima tentar desistir do desafio, o "curador amedronta-a, fazendo-a acreditar que está a ser vigiada" ou "que pode ser humilhada". "Para aumentar o medo são enviados vídeos falsos com agressões e raptos".
   Com base no enquadramento legal, a polícia alerta também que os curadores incorrem num dos "crimes mais graves da nossa legislação". O "incitamento ou ajuda ao suicídio" pode levar a uma pena de prisão de até cinco anos.
   Aos pais, professores e colegas, a PSP pede atenção a qualquer um dos possíveis sinais decorrentes da participação nos desafios da Baleia Azul, como "desenhos de baleias", cortes ou "atividades a meio da madrugada". A polícia deve ser informada aquando da verificação destes casos que devem afetar em maior escala, como escreve a PSP "os jovens com tendências depressivas".

   Em Portugal já foram abertas três investigações sobre casos relacionados com o desafio da Baleia Azul.

   Mas afinal o que é o Baleia Azul?

   Conhecido como Baleia Azul, o jogo inclui 50 níveis de dificuldade, o último dos quais é o suicídio dos seus jogadores. As tarefas que os seus jogadores, quase sempre adolescentes, são desafiados a cumprir começam por coisas relativamente inócuas como ouvir uma determinada música ou vídeo remetido pelos administradores, ou curadores, do jogo. Mas vão subindo de gravidade até implicarem atos de auto-mutilação como desenhar uma baleia no braço com uma navalha ou desferir golpes em determinadas partes do corpo. Os jogadores, cujo silêncio é condição para poderem continuar, são pressionados depois para, sob pena de os seus familiares serem atacados, subirem ao telhado de prédios ou permanecerem em cima de pontes ou viadutos. O desafio final, o 50.º, implica o suicídio.
   Uma vez admitidos no jogo, os jovens são desafiados a superar várias etapas que podem consistir em pegar numa lâmina ou navalha e esculpirem no braço uma baleia ou uma qualquer palavra relacionada com o mamífero. O jogador tem de documentar a tarefa em fotografia ou vídeo e remeter os ficheiros ao administrador ou “curador” do jogo.
   Os pedidos, geralmente, são feitos às 4h20 da manhã, o que ajuda a manter o secretismo, o qual é desde logo uma condição de partida para alguém ser aceite. Entre os desafios, incluem-se tarefas como “Se estás preparado para te tornar uma baleia, esculpe “SIM” na tua perna. Se não, corta-te várias vezes”, ou ainda “Acorda às 4h20 e vai para um telhado (quanto mais alto melhor)”.
   Entre ameaças de ataques à família do jogador que queira abandonar o jogo, sucedem-se ordens como “Não fales com ninguém durante todo o dia”. O derradeiro desafio é algo como “O curador vai dizer-te a data da tua morte e tu tens de aceitar”.
   O nome do jogo será inspirado no conhecido comportamento de arrojamento de animais marinhos, entre eles as baleias, que encalham em zonas junto à costa e acabam por morrer.

A vida é demasiado preciosa para ceder a caprichos de umas passoas sem escrúpulos que desencaminham jovens desprotegidos.


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