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Economia carióca e o "show de bola"
Por Tânia Galeão (Professora), em 2013/05/22253 leram | 0 comentários | 103 gostam
Brasil, um país com mais de 190 milhões de habitantes e com um PIB per capita de US$ 11 769,41, ocupa a 75.º posição a nível mundial e vai em 2014 acolher o maior evento futebolístico do mundo, e em 2016 o maior evento desportivo à escala mundial.
O Brasil é a maior economia da América Latina (e a segunda da América, atrás apenas dos Estados Unidos), a sexta maior economia do mundo a taxas de mercado de câmbio e a sétima maior em paridade do poder de compra (PPC), de acordo com o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial.
O país tem registado ao longo dos tempos um crescimento económico significativo, maioritariamente devido à aposta no desenvolvimento e investimento nos setores primário e secundário, como é o caso do setor agrícola, mineiro, manufatureiro e de serviços, acabando por consolidar com um grande mercado de trabalho. Este país de língua portuguesa também tem apostado na área terciária, sendo este o setor mais significativo na contagem do produto interno brasileiro.
A par do desenvolvimento das indústrias e do setor primário, podemos assistir também a um elevado crescimento nas exportações, principalmente nos equipamentos eletrónicos, nas aeronaves, automóveis, álcool, têxtil, calçado, minério de ferro, aço, café, sumo de laranja, soja e enlatados, provocando um elevado nível de entradas de dinheiro para o pais, não só ao nível particular, mas sim também ao nível coletivo.
Com este desenvolvimento, o Brasil tomou um lugar num grupo de quatro economias emergentes chamadas de países Bric, e atualmente é um dos países em vias de desenvolvimento em grande expansão e a possuir um elevado grau de autossubsistência.
No entanto esta solidez económica é o reflexo da adoção de normas mais rígidas do que as praticadas no resto do mundo no seu sistema financeiro nacional, nomeadamente a consolidação do sistema de metas e de controlo da inflação, do câmbio flutuante (sistema em que as operações de compra e venda de moeda funcionam sem o controlo sistemático do governo), da manutenção do desemprego (descida de 12,6% para 5,5% entre 2002 e 2012) e no aumento do poder de compra da população empregada, garantido pela política de valorização do salário mínimo nacional.
Os cariocas neste momento não se podem realmente queixar do estado da sua economia, o poder de compra esta relativamente alto, usufruem de um bom salário e o desemprego está a um nível admirável, inferior à média da União Europeia. Atualmente, o Brasil é um dos melhores países para se viver, a crise faz-se sentir com pouca intensidade devido ao controlo da sua economia quando a economia global começou a fraquejar, e além disso trata-se de um pais em expansão, verificando-se um enorme número de emigrantes a ir para o Brasil.
Um outro fator muito importante para o desenvolvimento deste pais é o facto de se estar a aproximar o Mundial de 2014 e posteriormente os Olímpicos de 2016. Estes eventos vão criar cerca de 3,6 milhões de empregos, a economia Brasileira vai sofrer um grande crescimento a um ritmo alucinante devido à criação de empregos ao nível de todos os setores, como a hotelaria, engenharia, construção civil, tecnologia, ao movimentos de policias para a vigilância de ruas e eventos desportivos, etc. Foi feita uma desflorestação da Amazónia para se construir um estádio, montes de locais foram “limpos” para garantir segurança e para a construção de recintos desportivos. E depois? Qual será o Brasil à posteriori? Como vai ser o futuro da economia Brasileira após um mês de euforia e competições olímpicas?

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