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Autoretrato
Por Biblioteca António Nobre (Administrador do Jornal), em 2015/01/26338 leram | 0 comentários | 92 gostam

Belos textos da Francisca, do Gabriel e da Mariana (10ºA)!
Os nossos autorretratos

TEXTO 1
Não sou uma pessoa complicada. Se calhar sou… Sou uma adolescente e dizem que os adolescentes são muito complicados, por isso fico na dúvida. E ficar na dúvida é uma incerteza que me aborrece.
Neste período das nossas vidas, damos demasiada importância a coisas que no futuro não vão ter importância nenhuma. É também nesta fase que formamos a nossa personalidade, por isso, é difícil dizer quem sou.
Saber ouvir e respeitar foram duas lições que aprendi desde muito cedo e creio que tenha sido pela educação que os meus pais me deram e pela educação musical que estes quiseram que eu tivesse. A música, para mim, sempre foi uma ótima conselheira…
Considero-me uma adolescente bastante calma, pois nunca gostei de conflitos, nem nunca fui uma grande adepta da rebeldia, tão comum nesta fase, o que não me impede de me divertir!
Acredito que, durante o meu crescimento, vou ainda amadurecer a minha personalidade, mas gosto da pessoa em quem me estou a tornar.

Francisca Andreia de Gomes Alves 10ºA Nº9


TEXTO 2
Já me questionei repetidamente quem sou eu. É uma pergunta recorrente que me atormenta, por isso, escrevo para me iluminar as ideias.
Sempre fui uma pessoa pacata e reservada. Nunca quis nada com ninguém. Favoreci as minorias e mantive-me afastado das multidões. Nunca deixei de tentar fazer tudo sozinho antes de pedir ajuda, também para nunca ficar a dever nada a ninguém. Aceito o que me dão, não peço que mo deem.
Apesar de pacífico, sou extremamente impaciente. Não tolero estupidez, nem raciocínio lento e, quando as pessoas não entendem o que eu digo à primeira vez, podem receber um olhar irritado ou uma resposta torta, o que até eu considero incoerente, já que o meu discurso não é o mais fácil de entender…
Sempre adorei o ar livre. Sinto que era capaz de viver toda a minha vida numa casa de campo, na serra, com bastantes livros e alguém que quisesse vir comigo! Sou um apaixonado da leitura, do desenho, das artes. Adoro o mar, a natação, a remada, o surf… Viver sem estes luxos seria, para mim, extremamente penoso. Vivo com os meus pais e com o meu irmão e, todos os anos, dedicamo-nos a estas atividades que me permitem ser feliz.

Gabriel Alves de Castro, n.º10, 10.ºA
23/1/2015

TEXTO 3
Será que mostro o que sou ou me escondo por detrás daquilo que não sou? Na minha idade é muito difícil saber o que sou e muito mais aquilo que mostro para as outras pessoas.
A minha vida agora resume-se a coisas de adolescentes…
A vontade de não vir para a escola, não que esta seja uma coisa má, mas simplesmente pela preguiça física que me leva à preguiça mental de achar a escola uma coisa banal… O andebol que me faz sentir dentro das quatro linhas que sou eu verdadeiramente, autenticamente e sem capas …
Como todos os adolescentes tenho paixões e vivo-as tão intensamente que por vezes me esqueço que só tenho quinze anos. Acho que os adolescentes, por serem tão inconscientes, conseguem mais depressa o que querem do que adultos. Estes últimos dão quinhentas voltas para atingir uma coisa que está mesmo à frente deles enquanto nós, se a queremos, vamos em frente custe o que custar.
Sou incapaz de guardar rancor! Acho que esse sentimento faz as pessoas frias e eu não me vejo assim…
Não me prendo aos locais onde vivi, mas às pessoas com quem vivi.
Como diz o Jimmy P “Não tenhas pressa, mano! Curte a adolescência. Vão ser os melhores anos da tua existência”.

Mariana Almeida, n.º 20




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