O LEITOR | |
Por Biblioteca António Nobre (Administrador do Jornal), em 2015/01/13 | 422 leram | 0 comentários | 95 gostam |
Mais uma crítica de cinema! Desta vez da autoria da Carolina Azevedo. | |
Michael Berg (Ralph Fiennes), um prestigiado advogado alemão, dá por si a recordar o conturbado ano de 1958, altura em que, com apenas 15 anos, se apaixona por Hanna Schmitz (Kate Winslet), uma mulher mais velha com quem mantém um caso. Michael depara-se assim com o seu primeiro desgosto amoroso, quando Hanna desaparece enigmaticamente da sua vida. No entanto, oito anos mais tarde, o jovem reencontra Hanna Schmitz no banco dos réus de um tribunal, acusada de ter feito parte da SS, uma organização paramilitar associada ao partido nazista, e de ser responsável pela morte de dezenas de judeus, ficando visivelmente perturbado. Podendo suscitar no seu público inúmeras reflexões, penso que a questão fulcral deste filme assenta na justificação que, aparentemente, o ser humano é capaz de apresentar perante as maiores atrocidades por si cometidas. Será legítimo sermos ilibados delas pelo facto de nos encontrarmos a cumprir ordens? Será que o cumprimento de deveres suplanta a nossa própria consciência? Talvez para muitos de nós a resposta não seja totalmente concreta. | |
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