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“A minha palavra favorita” - TEMPO
Por Biblioteca António Nobre (Administrador do Jornal), em 2014/10/301533 leram | 0 comentários | 1001 gostam
Eis um belíssimo texto do Ricardo Faria, do 11ºC!

Porque “O tempo pode ser igual para um relógio, mas não para um homem”, disse, um dia, Marcel Proust.
Tempo: período contínuo, indefinido, definido, época em que se viveu e se vive. Ocasião. Oportunidade. Estação. Tempo, temporal, temporizador, temporização, temporalidade. O Tempo cura, cuida, regenera, constrói, destrói, faz esquecer e lembrar. Remete para memórias, sentimentos, emoções, músicas, datas, sono, frases, espaços, sensações como o olfato e o tato. Constitui uma ponte entre o passado e futuro.
Quem no tempo caminha apercebe-se da velocidade e intensidade com que tem de viver diariamente para nele poder sobreviver sem se desequilibrar. O tempo ilude quem se entrega ao momento presente, de tal modo é insensível à passagem do seu percurso vertiginoso. Face a tal insensibilidade apenas somos o produto infalível ao invés de um inapreensível presente. Somos como que engolidos pela voracidade das horas e pela constante mutação em nosso redor, sem termos o prazer de saborear uma intensa melodia ou um melancólico dia de chuva.
O Tempo passa demasiado depressa para uma vida tão curta. O ser humano deseja viver muitos minutos num só, ambicionando poder de se multiplicar de modo a abranger as mais diferentes áreas que dão a errada ideia de imobilidade eterna.
O nosso tempo de vida é a nossa maior fortuna. Vivido e aproveitado de forma intensa e racional, transforma-se numa autêntica riqueza propiciando felicidade e a sensação de bem -estar.
Porque hoje é hoje. E amanhã eu vou ter de novo um hoje. Inevitavelmente é assim. O tempo concede e retira. Faz-nos compreender que o uso que damos ao tempo depende do tempo que damos a nós próprios. E é preciso tempo para percebermos isso.
Terminando como comecei, “Talvez o tempo possa ser igual para um relógio, mas não para um homem”.


Ricardo
11º C Nº 17


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