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Por Biblioteca António Nobre (Administrador do Jornal), em 2017/01/09446 leram | 1 comentários | 111 gostam
Eis o texto da Inês Santos, vencedora na categoria de trabalhos do 11º ano.
A maravilha-armadilha da Internet

No nosso mundo moderno, viver sem acesso a uma rede informática é praticamente impensável. Centenas de satélites sobrevoam a órbita da Terra possibilitando a existência de uma rede informática universal; as cidades estão conectadas; e até nos currículos de emprego nos questionam se sabemos trabalhar com as novas tecnologias!
Efetivamente, mesmo que não domine a minha vida, sei que a utilização da Internet, redes sociais e telemóvel é importante, especialmente na altura em que vivemos. E mesmo que não tenha a necessidade de partilhar a minha vida pelo feed do Facebook ou Instagram abaixo, tenho de utilizar diariamente aplicações para comunicar com os meus amigos ou familiares que trabalham fora de Portugal, pois é rápido e conveniente.
Portanto, um dia sem ela ser-me-ia um pouco estranho devido à rotina. Contudo, nesse mesmo dia, o Sol não brilharia de maneira diferente. A comida seria a mesma, o Natal continuaria a ser no dia 25 e o nosso cão iria na mesma saltar animadamente sempre que mencionámos a palavra “rua” com uma entoação acentuada. A única alteração era o nosso telemóvel não funcionar ou qualquer outro aparelho tecnológico que necessitasse de uma rede informática. Mas não seria o fim do mundo.
Afinal, se houve milhares de centenas de pessoas a viver sem nada daquilo que recebemos hoje praticamente de bandeja e como uma obrigatoriedade antes de nós, porque haveria de o ser? Não iríamos perder o nosso emprego por não respondermos a um e-mail e as notícias globais iriam surgir nos sites de informação no dia seguinte e ninguém em nenhuma parte do mundo teria acesso à Internet durante o mesmo tempo que tu ou eu ou aquele homem que de momento não larga o telemóvel enquanto se encontra num café com a sua família ao lado. E é bem possível que este último esteja a acontecer algures.
Porém, muitos olhariam para este dia cepticamente. Algo fora deste planeta, algo que não seria normal e se tornaria quase como aquele problema matemático que simplesmente não conseguimos resolver e que nos faz querer arrancar os cabelos. Se calhar muita gente se sentiria claustrofóbica, pois sentir-se-ia fechado, isolado apenas numa pequena localidade ou cidade que não é nada em comparação ao resto do mundo somado.
E isto é um pouco ou tanto irónico, pois pensamos que a Internet nos dá uma certa liberdade, afinal sabemos de tudo e tudo é possível, contudo é a mesma que nos tira a nossa própria liberdade, estando nós viciados em algo invisível, mas que ainda assim nos mostra o mundo e não sabemos pensar no que faríamos caso ela não existisse.


Comentários
Por Paula Caravelas (Familiar de aluno), em 2017/01/17
Gostei imenso do teu texto, Inês. Da emoção à razão leva-nos a reflectir sobre o novo mundo das TIC. Parabéns!

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