“Um Método Perigoso”
Dirigido por David Cronenberg, “Um Método Perigoso” surge como um drama baseado na criação da psicanálise, bem como na vida de Sabina Spielrein, uma das primeiras mulheres em todo o mundo a exercer uma brilhante carreira como psicanalista.
Sigmund Freud (Viggo Mortensen) e Carl Jung (Michael Fassbender), partilhando interesses no que diz respeito às ciências da mente, criam uma sólida parceria, da qual nasce a psicanálise. No entanto, seis anos mais tarde, as suas opiniões divergem, não só no que diz respeito à ciência, mas também a nível pessoal. É então que surge Sabina Spielrein (Keira Knightley), uma bela jovem de dezoito anos, à qual havia sido diagnosticada uma psicose histérica. Sendo, numa fase inicial, paciente de Jung, Sabina invade igualmente a vida íntima do terapeuta, tornando-se sua amante. A relação entre ambos, anterior ao ingresso de Sabina na carreira de psicanalista, é um dos aspetos cruciais sobre os quais o filme incide.
Embora este filme possa ser alvo de inúmeras reflexões, penso que a mais interessante assenta na questão ética relativa à relação amorosa mantida entre uma paciente e o seu terapeuta. Será este envolvimento benéfico para ela? Ou representará um problema ainda mais grave do que aqueles que já suporta? A resposta parece não ser unânime… Finalmente, também o facto de o filme se basear numa realidade contribuiu para despertar a minha curiosidade, tendo em conta que há uma fusão entre uma componente de lazer e outra cultural, o que lhe confere um caráter absolutamente soberbo!
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