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Jornal da Escola Secundária de Amora
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Entrevista à professora Rosa Botequilha
Por Medialetra (Professor), em 2014/12/16513 leram | 0 comentários | 159 gostam
Professora da ESA, Rosa Botequilha leciona a disciplina de História da Cultura e das Artes. Nesta entrevista, a professora esclarece dúvidas e inseguranças comuns aos alunos que consideram seguir esta área disciplinar como carreira profissional.
Qual é a sua opinião sobre a disciplina de História da Cultura e das Artes?
A História da Cultura e das Artes é uma disciplina muito importante para os alunos perceberem o que se passa à sua volta, como, em geral, a disciplina de História, para compreenderem a arte de uma forma geral. Eu até penso que não deveria ser só para os alunos do curso de Artes Visuais, devia ser para os mais jovens, porque existem muitas ofertas artísticas à nossa volta e, muitas vezes, as pessoas não percebem e fazem aquelas observações que são um bocadinho “tristes” - que eu espero que vocês nunca façam, do género “Uma pintura do Picasso, isso também eu fazia”. Penso que as pessoas não têm culpa de dizer isso, só que não têm sensibilidade para as artes e não perceberam porque é que aquilo aconteceu. Essa sensibilidade passa pelo teatro, pela dança, pela música, pela pintura e arquitetura…

Qual foi a sua motivação para o estudo desta disciplina?
Porque eu gosto. Por minha vontade esta disciplina era dada com frequentes visitas de estudo, mas é difícil. Agora menos difícil, porque a internet permite ver coisas que os vossos colegas não tinham a possibilidade de ver há uns anos atrás. De qualquer modo, não é a mesma coisa ver na internet ou ver no museu; ver na internet ou ver numa sala de teatro. Esta pergunta está relacionada com a outra porque eu penso que os jovens devem ter interesse artístico e porque eu gosto de arte e penso que há muitas coisas para nós vermos e percebermos.

Qual a utilidade prática que esta disciplina oferece?
Muitas vezes, as pessoas frequentam cursos de arte e pensam que a utilidade é a arquitetura ou ser pintor, e não. Há imensos cursos intermédios que são muito interessantes, desde cursos já trabalhados a nível da informática como o restauro; também, a nível do turismo, há muita aplicação do curso de artes e sobre isso é que eu vos aconselho a dar umas “voltinhas” na internet. Se estamos a falar da utilidade prática, o sentido prático, para mim, é os alunos seguirem caminhos diferentes e para isso têm que ter conhecimentos artísticos. Não têm que saber pintar, mas sim estar sensibilizados para essas coisas.

Existem obstáculos que interferem com o percurso da disciplina?
Sim. Embora seja importante, penso que o exame de 11º ano é um obstáculo à aprendizagem pelo gosto e que nos impede de fazer mais atividades práticas, desde sair da escola e ir a exposições, porque temos um pograma rigoroso e pograma é para cumprir e vocês são avaliados, têm de fazer esse exame e têm de passar, é importantíssimo para o vosso percurso.

Quais os conselhos que pode dar a quem quer seguir a área da História da Cultura e das Artes?
Abrir os olhos para o que está à vossa volta, e isto é mais do que um conselho.


Trabalho realizado pelos alunos do 10ºC2:
Eva Nunes Nº4 / Marisa Santos Nº7 / Tomás Bento Nº12 / João Soares Nº14


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