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O touro infernal
Por Sérgio Santos (Leitor do Jornal), em 2017/10/202093 leram | 0 comentários | 123 gostam
Passou pelo Jarmelo, mas não é de raça Jarmelista...
Passou pelo Jarmelo, mas não é de raça Jarmelista! Ao entrar no Concelho de Pinhel rodopiou, dançou e correu livremente durante cinco horas! As poucas pessoas que se encontravam nas aldeias visitadas ficavam perplexas e aterradas com a sua robustez, o seu furor e sobretudo com a sua força destruidora. Miragaia, Trocheiros, Abadia, e Cheiras ficaram para traz num ápice. No Salgueiral e em Penha Forte ainda lhe tentaram travar a marcha, mas nada nem ninguém conseguia parar aquela força destruidora. As pessoas do Lamegal verificaram que tinham que pedir socorro! Sozinhos nada conseguiriam fazer! Vieram então em seu auxilio numa primeira fase nove bravos forcados, aos quais se foram juntando mais. Perante tamanha monstruosidade e sendo visto a remoinhar para um lado, depois para o outro, afincar os membros no pasto, ora nas árvores, baixar o focinho para logo o levantar, a estratégia tinha que ser bem delineada, pois um bicho destes só poderia ser dominado com manha! Começou por levar umas farpas junto ao Freixinho, pois acometeu subitamente na direcção da aldeia! No Lamegal foi-lhe montado um ardil junto à linha de água! Afocinhou de repente no leito seco e poeirento da ribeira da Pêga, ficando com os cornos para o ar! Os bravos forcados agarrados aos cornos só o deixavam espernear! De repente saíram duas chispas de cada olho, levantou as patas traseiras caindo violentamente entre o Manigoto e o Lamegal! Respirava com dificuldade e ruidosamente!Estava dominado, arfava mas já não representava mais nenhuma ameaça. Da face de alguns forcados caíam lágrimas, ainda não acreditavam que a batalha estava ganha! Ufa, que calor!

(Texto da autoria de Carlos Pereira, cidadão e bombeiro voluntário de Pinhel)

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