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TROFA E SANTO TIRSO TEM A ÁGUA MAIS CARA DO PAIS
Por Luisfilipe Maia C.p.n-1393 (Administrador do Jornal), em 2015/05/27361 leram | 0 comentários | 102 gostam
Num total de 150 municípios cujos preços foram analisados pela Deco proteste, Trofa e Santo Tirso tem a fatura mais alta do pais
As contas da água mais caras do país estão quase todas a norte, revela um estudo da Deco Proteste que analisou os preços conjuntos para um consumo de 120 m3 (o normal numa família de três a quatro pessoas) e ainda das taxas de saneamento e resíduos sólidos urbanos num total de 150 municípios.

De acordo com o documento, os dez preços mais altos estão, por ordem do mais caro para o mais barato, na Trofa (492,92 euros), Santo Tirso (431,20), Paços de Ferreira (420,60), Aveiro (413,69), Torres Vedras (412,74), Vila do Conde (410,83), Covilhã (406,08), Gondomar (403,32), Paredes (400,42) e Alenquer (399,64). Ou seja, oito ficam no norte do país e desses, seis ficam no distrito do Porto.

Já o Porto cidade está muito longe desta lista. Com uma conta anual de 243,38 euros está mesmo "a meio da tabela dos 150", disse ao Dinheiro Vivo, Antonieta Duarte, a responsável por este estudo. Aliás, passa-se exatamente o mesmo em Lisboa, até porque o valor anual das contas é idêntico: 243 euros.

No final dessa tabela, ou seja, no conjunto de municípios onde a conta é mais barata estão Belmonte (54,72 euros), Barrancos (76,50 euros), Mora (81 euros), Alcácer do Sal (83,40 euros), Vila Nova de Foz Côa (88,20 euros) e Moura (91,20 euros). Ou seja, são na maioria a sul do país, mais precisamente no Alentejo.

Estes valores parecem ir contra ao que o Governo tem referido no âmbito da reestruturação do sector, quando diz que os preços são mais baixos no litoral e mais caros no interior e que vão ter de subir no litoral e descer no interior para que se possa chegar, ao fim de cinco anos, a uma harmonização de preços.

Contudo, é preciso explicar que os preços a que o Governo se refere são para os chamados sistemas em alta, ou seja, para as entidades que vendem a água às câmaras. O problema, diz Antonieta Duarte, é que se as câmaras do litoral vão ter de pagar mais caro pela água para abastecer as populações, então esses aumentos vão ser repercutidos nos consumidores e, neste momento, nota-se já preços muito altos no litoral.

É por isso que, "a Deco encara com apreensão o efeito no preço final dos serviços de água e saneamento. A situação é pouco clara para o consumidor", lê-se na publicação.

Não há tarifas sociais e especiais
O documento da Deco revela ainda que há entidades gestoras que não disponibilizam tarifa social ou tarifa especial para famílias numerosas (agregados com mais de cinco pessoas) e que isso acontece nos municípios mais caros, como Aveiro, Espinho, Oliveira do Bairro, Vila do Conde, Covilhã, Mafra e Paredes.
"Passados seis anos sobre a recomendação do regulador nesta matéria, existem ainda muitas entidades gestoras que não a cumprem", alerta.


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