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Resenha de filme: "Moonlight, sob a luz do luar"
Por Folha Cefet (Aluno, 2017), em 2020/06/25545 leram | 0 comentários | 118 gostam
No mês internacional do orgulho LGBTQI+, que tal "Moonlight"?
Por João Madeira*

Ganhador do Oscar de "melhor filme" em 2017, o filme independente "Moonlight: sob a luz do luar" conta em formato de crônica a história de Chiron, dividida em três fases: infância, adolescência e auge da vida adulta.

De início, ao analisar a sinopse construída e todos os elementos do roteiro, é comum que haja um receio: o de que vejamos a história de uma forma “bagunçada”, com uma pré-avaliação ruim. No entanto, esse preconceito construído se esvai logo na primeira cena. Diferente do que poderíamos imaginar, o filme se dá de forma bastante intimista, o que se prova necessário quando conhecemos o protagonista, que é introspectivo. Além disso, as três fases (mesmo que com suas nuances distintas) conversam entre si através de elementos cruciais, como o olhar acanhado e melodramático de Chiron, que nos fazem perceber que se trata da mesma pessoa. Tal diálogo, de certa forma, é difícil de ser construído e havia muitas chances de parecer caricato, uma vez que são três atores com trejeitos e expressões diferentes.

O olhar extremamente crítico e intenso a respeito da realidade vivida pelo jovem quebra estereótipos relacionados à masculinidade do homem negro, à sua sexualidade. A sucessão bem organizada de acontecimentos e a atuação bem dirigida do protagonista nos trazem uma sensação espontânea de empatia, ou seja, mesmo que o público não seja necessariamente negro, pobre ou homossexual e não tenha vivido essas experiências de fato, é possível entender, mesmo que minimamente, por meio de Chiron, os desafios de quem faz parte dessas minorias.

No dia 28 de junho comemoramos o dia internacional do orgulho LGBTQI+ e a pandemia nos convidou a estar mais atentos ao que ocorre à nossa volta. Que tal utilizar esse tempo para entender a dor do outro? O filme é indicado como uma das possibilidades de nos aproximarmos de questões que permeiam nosso cenário atual e que precisam ser (re)conhecidas e debatidas para serem banidas: RACISMO e LGBTIFOBIA.


*João Madeira (1BADM) é integrante da equipe do Folha Cefet.

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