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Que ninguém duvide da força dos estudantes
Por Giovanna Almeida (Aluna, 4asegmint), em 2015/12/06791 leram | 0 comentários | 146 gostam
A juventude tem usando seu poder nas ocupações, dos secundaristas de São Paulo e dos universitários da UERJ. Confira um breve panorama desse movimento, a favor da educação, protagonizado pelos estudantes.
O fim do ano foi invadido pela onda de lutas, nas ruas e redes, tendo a juventude como principal motor. Em um cenário de ataque aos direitos civis, inclusive ao direito básico à educação, eis que estudantes nos devolvem a esperança.

Nas últimas semanas, jovens colocaram a educação no centro do debate público. Eles lideram um movimento crescente, e assumem novos papéis. Ao mesmo tempo, descobrem que manter o movimento exige muita organização.


Reorganização

Anunciada no final de setembro, as medidas de reorganização da rede estadual de ensino paulista propunham escolas de ciclo único. Separar as escolas para que cada unidade passasse a oferecer aulas de apenas ensino fundamental I, ensino fundamental II ou ensino médio. A proposta ainda inclui o fechamento de 94 escolas. A reorganização encontrou forte resistência de professores e alunos. Com isso, centenas de escolas foram ocupadas e estudantes fecharam as principais vias da capital paulista.

Desde o anúncio da reorganização, alunos, pais e professores têm realizado protestos em vários pontos do estado. Eles argumentam que não ocorreu diálogo durante o processo e que o objetivo da reestruturação é cortar gastos.

Ocupações

Tendo em vista uma política que, aparentemente, não está pautada em evidências claras de garantia de melhor aprendizagem, se faz mais que legítimo que os alunos se manifestem contra ela.

Estudantes começaram a ocupar escolas em protesto contra a reestruturação. As ocupações são organizadas, em sua maioria, por comissões de limpeza, segurança, alimento, porta-vozes, etc. Acontecem saraus, oficinas, aulas públicas e debates sobre educação, política e sociedade. As ocupações estão mostrando que eles sabem mais do que o governo como cuidar das escolas, pois essas tornaram-se um ambiente agradável e vivo de aprendizado.

Por isso, é importante atentar para a reivindicação do movimento estudantil de que é preciso a gestão das escolas por estudantes, professores e comunidade. Que o conhecimento seja debatido pela comunidade escolar, não apenas pensado pelo Estado.

A polícia começou a reprimir os estudantes nas ocupações e, em resposta, eles foram para a rua e pararam o trânsito com carteiras escolares, cartazes e palavras de ordem, em protesto. Num exemplo de postura antidemocrática, a polícia também reprimiu, de forma bastante violenta, estas manifestações.

Avanço

Ficou claro que a força do movimento dos estudantes, junto com os trabalhadores e a população que apoia, pode conquistar não só a revogação definitiva do decreto, como toda e qualquer reivindicação legítima.

O governador Geraldo Alckmin se pronunciou dizendo que o plano de Reorganização foi suspenso e que será aberto um diálogo com cada escola ao longo do ano letivo de 2016.
Na página no Facebook Não Fechem Minha Escola, que congrega informações sobre o movimento, os estudantes dizem que a postura será de “não desocupar as escolas e não desarticular nossa mobilização.”

O Comando das Escolas Ocupadas realizou um pronunciamento sobre a medida de suspensão do projeto de reorganização. Vejam o vídeo com o pronunciamento e as reivindicações dos estudantes:



Ocupação UERJ

A luta dos secundaristas de São Paulo é um exemplo que pode incendiar o Brasil, pois sabemos que os problemas nas escolas existem em todos os estados e cidades.
Assim como os estudantes paulistas, integrantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e alunos de diversos cursos decidiram ocupar os campi da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, no Maracanã e em São Gonçalo. O motivo dessas ocupações é protestar contra os cortes feitos pelo governador Luiz Fernando Pezão e contra o não pagamento de bolsistas, residentes e de funcionários terceirizados.
Em nota publicada no Facebook, o DCE afirmou que: "Semelhantes às escolas de São Paulo, não queremos ver nossa universidade fechada. Queremos ela ocupada com o que tem de melhor: seus e suas estudantes!".

Que ninguém duvide da força dos estudantes do Brasil

A vitória dos secundaristas contra Alckmin será a prova, como já está sendo, de que só a luta muda a vida.

A mobilização dos estudantes em defesa do direito a uma educação emancipadora, de qualidade, é a prova que ninguém suporta mais um ensino sucateado e a falta de diálogo com a juventude. Os estudantes estão mostrando o caminho da luta pela educação e essa luta é de todos nós.

Mais do que nunca, a escola é nossa! Todo apoio ao protagonismo estudantil!

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