Poemas | |
Por Bernardo Guedes (Leitor do Jornal), em 2017/06/02 | 388 leram | 0 comentários | 191 gostam |
Estão aqui dois poemas escritos por Rita Vieira e um autor anónimo. | |
A Dor da Revolta O porquê de tanto lutar Se, por vezes, se chega ao fim. De nada valeu o que se veio esforçar Pois nalguns é visível a força de Querer viver. Nem se queixam De metade do que possam ter. Às vezes fico revoltada, Até costumo perguntar Porquê meu Deus? Porque os fazes por isto passar? Depois peço desculpa por ter pensado É difícil evitar Ver apenas uma criança que só queria melhorar. Beatriz, meu anjo pequenino! Fico tão triste, se é esse o teu destino Não mereces e ninguém merece Por isto passar Maldita vida em que alguns nascem só Para algum tempo aqui ficar! Pois é: meu Deus para junto de ti A Beatriz e muitos outros Quiseste levar. Mas porquê? Volto a perguntar. Autor anónimo As Almas Num dia de Inverno o vento soprava Forte, Como se quisesse falar. Algo de estranho parecia pairar: As árvores mexiam-se e dançavam E nunca mais paravam, E naquela imensidão Reinava a escuridão. Os gritos de liberdade eram de assustar Gritavam as almas. Queriam descansar. Almas essas que pecavam, E o sossego não encontravam. Queriam ser perdoadas, Não castigadas. Mas no Inferno iriam ficar, E ao Céu nunca chegar! Rita Vieira Alterações feitas por Bernardo Guedes | |
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