Dr. Armando Pinto lança livro | |||
Por António Teixeira (Leitor do Jornal), em 2018/03/09 | 548 leram | ![]() ![]() | ||
Perante um plateia repleta de atenta audiência, teve lugar no auditório do IPO do Porto, o Lançamento do livro " Vivências de um Médico Oncologista Pediátrico" | |||
![]() Eu tinha a solução para isso: se fosse eu a escrever, restringia a minha vida toda a um só capítulo e atribuía uma certa continuidade à ação. Gostava também que fosse pouco monótona mas não de modo a prejudicar-me. Se fosse preciso descrever, fá-lo-ia com rigor, porque as passagens mais agradáveis necessitam de ser bem descritas. Mas depois concluo que, afinal, sou eu o infame escritor da minha vida, que exagera nos capítulos, deixa ideias por concluir e risca, por vezes, palavras bonitas. Sou eu o maldito individuo que usa e abusa do poder da escrita para traçar o seu destino a cada dia que passa. E assim são os livros: uns maiores, outros mais pequenos, com maior ou menor suspense. Temos que os saber ler, porque, por mais que queiramos, nunca vamos escrever um livro sem ter lido outros; muitas outras histórias, boas ou más, nos vão sempre influenciar, de tal modo, que a nossa vai sendo moldada. Sendo nós eternos escritores, é indispensável que sejamos, também, leitores sistemáticos. E não nos podemos apegar a um dado capítulo mais agradável, porque muitos outros se sucederão. Um bom livro depende disto. Se querem recomeçar a escrever a vossa vida, em nada vos posso ajudar. Se pretendem continuar a escrever, então escrevam, que escrever é a forma mais eficaz de corrigir os erros da vossa obra literária. E não tenham medo de se enganar, que para escrever bem, é preciso fazê-lo mal primeiro. No fundo, a vida somos nós que a escrevemos e nunca é como nós queremos. Temos de aceitar a vida como sendo um livro que jamais será do nosso total agrado, mas que pode ser atualizado e melhorado a cada dia que passa. | |||
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