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A VIDA NO TEMPO DE SALAZAR
Por Paula Costa (Professora), em 2015/04/221922 leram | 0 comentários | 293 gostam
Este texto foi elaborado a partir de uma entrevista de duas alunas do Curso Vocacional, a adultos que vivenciaram o Portugal no tempo do Estado Novo.
O lema do governo de Salazar era a pátria, família e a religião.
O homem era considerado o chefe de família, as mulheres dedicavam-se acima de tudo à educação dos filhos. As que tinham emprego recebiam menos do que os homens e exerciam funções mais relacionadas com a costura e cabeleireiro.
No que diz respeito à escola, as turmas eram divididas por sexos assim como nos espaços exteriores nomeadamente o recreio. O ensino obrigatório era até ao 4º ano e apenas os homens, com mais possibilidades económicas, conseguiam chegar mais longe no seu percurso escolar. Dificilmente uma mulher conseguia continuar o seu percurso escolar. Todos os dias, antes de iniciarem as aulas, os alunos tinham que rezar e cantar o hino nacional.
A única religião permitida no tempo de Salazar era a religião católica.
Os anos governados por Salazar ficaram marcados pela ausência de liberdade. As pessoas não tinham liberdade para expressarem qualquer crítica ou desagrado para com as medidas salazaristas. Nessa época existia a PIDE (Policia Internacional e de Defesa do Estado) que fiscalizava e controlava tudo aquilo que as pessoas faziam, diziam e tinham. Todos aqueles que eventualmente criticassem Salazar corriam o risco de serem presos pela PIDE. A censura atingia também a arte, a cultura e a imprensa. Todas as notícias, músicas, peças de teatro, entre outros, eram alvo de censura e tinham que ser previamente autorizadas antes de chegarem ao público.
Em suma, é possível constatar que os anos em que Salazar esteve no comando foram marcados pela censura e pela repressão. Depois do 25 de abril aconteceram várias mudanças tanto políticas como na sociedade. A liberdade passou a ser um direito de todos e alguns produtos que até então não existiam em Portugal, como a coca-cola, passaram a fazer parte da rotina dos portugueses.
O papel da mulher também sofreu muitas alterações tanto a nível familiar como profissional.
Tendo em conta todas as informações recolhidas conseguimos concluir que seria difícil adaptarmo-nos a todas as regras e à forma de viver no tempo de Salazar.

Joana Sousa, nº 23 e Tânia Azevedo, nº 21


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