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JÁ ESTAVA À ESPERA QUE ISTO FOSSE ASSIM...
Por Paula Costa (Professora), em 2020/03/26162 leram | 0 comentários | 37 gostam
Se a imaginação e a criatividade me ajudarem, prometo que voltarei a escrever.
25 de março de 2020
A dificuldade da quarentena é essa: os dias são todos iguais! Pior ainda para as pessoas que, como eu, gostam de passear ao ar livre, de ouvir os passarinhos a cantar e, como estamos na Póvoa de Varzim, de ver o mar, de sentir o cheiro da maresia e a brisa do vento a passar-nos pelo rosto. Para essas pessoas é que é difícil e, infelizmente, eu sou uma delas, que precisa de renovação todos os dias. É claro que, se for à varanda, consigo usufruir da maior parte dessas sensações, mas todos sabemos que não é a mesma coisa! E é maioritariamente disso que eu sinto falta, daquela liberdade e variedade de coisas para fazer e que é exatamente o contrário do que acontece quando estamos de quarentena.
Fazem-me falta todos os meus amigos, as conversas e risadas que trocamos durante as aulas e nos intervalos, embora, graças ao meu «abençoado» telemóvel, consiga manter essas conversas superdivertidas. Também é verdade que me fazem falta os meus professores, que nos chamam à razão quando estamos a trocar essas tais conversas e que nos ensinam, não só a matéria, como experiências de vida, o que é muito importante.
Nestes dias, tenho-me sentido um pouco confusa em relação à maneira como enfrento esta situação. Por um lado, considero que não estou a fazer nada de útil pois, na maior parte do tempo, estou sentada no sofá a ver séries e filmes, o que, apesar de eu gostar muito, também me aborrece; por outro lado, ao estar em casa consigo proteger- me a mim e a todos os outros… Por esse motivo é que tenho estado em contenção, eu e o país inteiro.
Em relação às pessoas que estão a ignorar este problema, fico extremamente revoltada, pois essas estão a ser egoístas e a ser pouco exemplares, pondo em risco os valores de respeito e solidariedade e a comprometer o futuro das pessoas mais novas.
Juntos podemos fazer coisas incríveis e, dessa forma, penso que vamos todos ficar bem! Até lá.

Sofia 8º A (Professora Paula Lima)


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