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OUTUBRO
Por Paula Costa (Professora), em 2017/10/10501 leram | 0 comentários | 150 gostam
Mais um poema da nossa colega Marta Santos, a quem agradecemos a colaboração.
As árvores usam vestidos em tons acobreados
que o vento atrevido despe à passagem,
deixando um manto de folhas secas
cobrindo jardins e passeios
que se lamentam baixinho
quando são calcadas por quem passa.
O aroma das castanhas assadas enche o ar,
lembrando que falta pouco para o inverno…
Nas bancas do mercado as romãs sorriem,
os seus suculentos bagos oferecendo
enquanto os marmelos amarelos e redondos
convidam a tardes na cozinha, junto do fogão
preparando marmelada, geleia e compotas
que enriquecerão as sobremesas de inverno.
Quando abro a minha arca da memória,
vejo o comboio de tigelas e frasquinhos
cheias de marmelada, compota e geleia
que minha Avó preparara com carinho
e que ocupavam todo o cimo do louceiro…
Mas também me revejo toda lambuzada
com o indicador no tacho para provar
e assim o pecado da gula cometer.
Ah! Quanta saudade de meus Avós!

Marta Oliveira Santos, 6/10/2017


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