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A NATALIDADE
Por Paula Costa (Professora), em 2015/10/06367 leram | 0 comentários | 142 gostam
Segundo as notícias que vêm a público, este verão já nasceram mais bebés, cerca de 1500, em relação ao ano passado. Não é um número muito elevado, mas é uma boa notícia.
Mas qual a razão que me levou a levantar este problema da natalidade?
A verdade é que o número de crianças em Portugal tem diminuído, levando mesmo ao encerramento de muitas escolas. Vive-se num país onde existem mais velhos que jovens. E é triste! Mas, de acordo com vários estudos, também existe uma diminuição da fertilidade humana nos países desenvolvidos, o que não acontecia nos anos 50 e 60. Atualmente, o acesso ao planeamento familiar, à contraceção, a responsabilidade atribuída à parentalidade colaboram para a mudança, na minha opinião, sensata e razoável, para que as famílias, em vez de terem muitos filhos, tenham aqueles para os quais possuem capacidades financeiras de custear as suas despesas. Que são muitas! Aliás, são cada vez mais, dado que os filhos permanecem em casa dos pais mesmo em adultos. Por outro lado, o aspeto afectivo é muito importante e há famílias que não possuem disponibilidade para dar o afeto que os filhos tanto precisam. Os horários de trabalho das empresas são cada vez mais exigentes, não tendo em conta que os trabalhadores possuem famílias. Assim, hoje em dia passou-se da quantidade para a qualidade e essa lógica parece-me bem.
Contudo, a falta de equilíbrio entre aquelas premissas é preocupante. As políticas de incentivo à natalidade são diminutas, o acesso ao trabalho é precário, os vencimentos são muito baixos o que leva os casais a pensarem muito bem no futuro que pretendem dar aos filhos, porque não é um subsídio de natalidade e um abono de família que os ajudam na educação das crianças que pretendem pôr no mundo.
Parece-me urgente mudar estas políticas para que as famílias façam o seu planeamento familiar e nasçam e cresçam crianças para dar cor e alegria a Portugal.

Marta Oliveira Santos(Professora aposentada)


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