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Jornal do Médio Vale do Paranapanema
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O Império Bizantino
Por Eleutério Gouveia Sousa (Leitor do Jornal), em 2023/01/18149 leram | 0 comentários | 53 gostam
Um Paradigma da Antiguidade Clássica....
O IMPÉRIO BIZANTINO
O texto a seguir trata-se de uma introdução, resumida, sobre um tema extremamente catalogado e extenso, sendo assim, retrataremos somente os principais pontos de sua origem e desenvolvimento cultural.
Compreender alguns períodos pelos quais a humanidade passou é uma tarefa complexa, que pode ser extremamente facilitada se compreendermos algumas civilizações em específico, no caso do período medieval, uma boa parte de sua complexidade passa pelo Império Bizantino, fundado como uma medida estratégica para manutenção do Império Romano, que em 395 d.C. fora dividido entre Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente (mais tarde, Império Bizantino).
Sua fundação, aconteceu em meio ao declínio romano, proposto pelo imperador Teodósio como uma possível solução para a crise que envolvia conflitos territoriais com povos germânicos e também uma grave crise econômica que se dava pela difícil tarefa de administrar tamanho território. Assim que foi dividida entre parte ocidental e oriental, a parte Ocidental continuou com graves problemas de invasões e crises até que acabou por se dissolver totalmente em 476 d.C., dando origem a novos reinos e novas unificações de povos e culturas que estavam se adentrando no território romano, que já não existia mais, enquanto a parte oriental se provou uma potência não somente econômica, mas bélica, suportando todos ataques que aconteceram contra eles, como dos povos Hunos e Visigodos.
A cidade principal do império se chamava Bizâncio, mas foi renomeada pelo imperador Constantino em 330 como Constantinopla, chamada assim até sua queda, quando passou a ser chamada de Istambul, assim como conhecemos hoje. Sua extensão territorial compreendia a Península Balcânica, Ásia Menor, Síria, partes da Mesopotâmia e nordeste da Ásia.
O Império Bizantino atingiu seu apogeu no reinado de Justiniano, que entre 527 e 565 governou e expandiu o território bizantino, chegando até mesmo a reconquistar territórios pertencentes ao caído Império Romano Ocidental, tomada pelos ‘’bárbaros’’, conquistando terras no Norte da África e a Península Ibérica. Para governar tamanho império que se formava, Justiniano teve o cuidado de preservar as leis romanas e fazer uma junção com um Código Civil, elaborado nos áureos tempos romanos, além de elaborar diversas obras públicas como estradas, mesclando-as com construções de enormes palácios e templos religiosos, como a Igreja de Santa Sofia.
Justiniano teve momentos conturbados em seu mandato, assim como todo imperador em sua história, como, por exemplo, na Revolta de Nika em 532, que aconteceram quando a população acreditava estar sendo injustiçada pelo imperador, e além dos altos impostos e escassez de comida, uma corrida de cavalos no hipódromo de Constantinopla, acabou com a vitória de Niké, cavalo que a população tinha colocado suas apostas, entretanto, a vitória foi dada ao Imperador, gerando grande confusão popular que acabou com uma batalha entre tropas bizantinas e população, mas acabou sendo brevemente contida. Justiniano morreu em 565, e embora seus sucessores conseguiram manter um bom controle na parte oriental, as terras que foram reconquistadas da Roma ocidental foram perdidas.
A cultura bizantina era mista, tendo influencias romanas e helenísticas em seus costumes, e devido ao fato de ter sido por séculos o principal polo comercial do período medieval, Constantinopla frequentemente recebia pessoas do mundo oriental, que muitas vezes fixavam raízes na região. Essa complexa fusão, gerou um império de produção cultural ímpar, com estilos próprio de esculturas, pinturas e construções, se diferenciando da cultura ocidental.
O Imperador Justiniano em vida, deixou em seu legado a procura da propagação total do cristianismo em seu território, dando andamento em obras como a igreja de Santa Sofia, que resiste até hoje como ponto turístico da região, atual Istanbul, sendo uma das mais famosas igrejas do mundo, com uma enorme cúpula central apoiada em colunas detalhadas, local onde se consagrava os imperadores bizantinos.


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