O ARAUTO DO VALE
Jornal do Médio Vale do Paranapanema
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Por Eleutério Gouveia Sousa (Leitor do Jornal), em 2017/02/14221 leram | 0 comentários | 51 gostam
...recoradações são mensagens indeléveis...

EM BUSCA DA FELICIDADE

Sigo com a multidão... Olho para os lados, e tudo o que vejo são pessoas flageladas... Mutiladas... Decepcionadas... Atormentadas... Chorando a dor do desamor e da escravidão!
São sobreviventes de uma existência cruel e eloquente...
Eu sigo em frente, com passos lentos, temerosos! .... Vou pra algum lugar!
Chegarei a algum lugar onde eu possa descansar... onde eu possa a felicidade encontrar!
Olho novamente para os lados, olhar desconfiado, talvez amedrontado! ...
Esboço um sorriso, passos indecisos, ninguém pra me estender a mão e nem apontar uma direção... Somos zumbis vagantes, alucinados desta vida maçante que quer nos derrotar. Tentamos fugir da dor, do desamor, queremos amor... mas, só a decepção em seu lugar ficou!
Agora é noite... Tudo está calmo... Hora de deserto, de encontrar com a alma e buscar respostas que nos acalmem e nos aponte um norte...

O que fizemos da vida que era Tão divertida?

Onde está a criança que morava em mim e era Tão cheia de alegria e vida?
Onde eu me perdi de mim?

Hum! ... Sinto cheiro de mar, sinto perfume no ar.... Coração acelera no peito... será a felicidade a chegar?

Felicidade as vezes passa a ser utopia, quanto mais a persigo, mais ela foge de mim. Talvez eu esteja buscando em grandes acontecimentos e a felicidade está nas pequenas coisas do cotidiano e ela acaba passando desapercebida... ou será que realmente de mim se esconde?

Me sinto pronta... Leva-me para junto de ti.
Quero em teus braços me envolver, me aconchegar e adormecerRELATOS DE UMA VIDA

Me lembro ainda hoje como se ontem da minha humilde infância; todas as brincadeiras tinham seus encantos e eram motivo de felicidade.
Pena que o trabalho e as responsabilidades me roubaram a metade!
Desde muito cedo aprendi a enfrentar, do dia a dia a dureza, porque a vida nunca me deu moleza...
Graças a isso... Nunca tive uma vida de princesa! ... Mas bem que gostaria de ter encontrado em meu caminho um príncipe! E não precisava que fosse encantado! Mas... Que fosse um ser adorável, que me amasse de verdade e fosse um companheiro de caminhada. Infelizmente, isso só existiu em meus pensamentos e que se dissipou com o vento...

Sonhei com uma tal liberdade, parecida com a de uma borboleta que passa por dolorida metamorfose e depois voa livremente pelos arvoredos.

Mas, eu sigo a passos lentos... Caminho por vezes, sorrindo por fora e chorando por dentro... num turbilhão de sentimentos, difícil de decifrar... mas continuo vivendo e vivo um dia de cada vez, seguindo à risca o Conselho que um amigo me deu e agradeço a Deus por caminhar comigo e me proteger do perigo de mim mesma... É ele meu companheiro, meu confidente que sempre se fez presente e se tornou meu abrigo seguro e fiel conselheiro.

A criança feliz ficou no passado, Mas, não no esquecimento! E, não me lembro muito bem o momento exato que nos separamos, que deixei pra trás aquele sonho de realidade que não conquistei... o momento em que aquela menina vibrante que habitava meu semblante de mim se perdeu. Apagou-se com o tempo e com a mistura de tudo o que vivi; as decepções, as frustrações e as contradições que enfrentei. Hoje nem sei direito quem sou... quem está aqui dentro... É difícil imaginar porque deixamos a luz dos olhos se apagar... de repente!

Mas a vida me deu outras coisas de presente: filhos e amigos... poucos!...


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